domingo, agosto 30, 2009

ALEXANDRE ACAMPORA RJ


Amo a vida como a praia de Ipanema
Meu refúgio
Meu poema de desejo secreto.
Só compartilhado por mais
Trocentas milhardárias pessoas.
Canto ao carro
Canto ao barro
Me amarrro num rabo de criola.
Olha o rabo de saia
Mitologia da vida destinação.
Cuidado com o rabo de saia
Pode envenenar seu coração.
A mulher é oriental ée é uma monja
Uma religiosa religião.
Não pode fuder
Mas calibra meu tesão.
Joga as cartas no rabo da saia e sorri de aluvião
Senta a meu colo
Me clama samurai
Entorpece meu desejo
Enfeitiça minha razão
E some
Desvanece
Desaparece
Assim...
De alusão.

FLIPORTO

sexta-feira, agosto 28, 2009

O assentar PAULO VASCO


MINHA VÓ
TINHA DESEJOS E ASSENTAVA-SE, COM SUA MÃE
PARA NÃO SABER O QUE VINHA
COSTURAVA O OLHO
E AMANSAVA O FUTURO.

ASSENTADA SOBRE O PASSADO
NÃO VIU RÉDEAS
E DESMENSUROU-SE NA TEIA DA PALHINHA DO MARQUESÃO
MINHA VÓ TINHA RAZÃO
NÃO É PARA MUITOS ASSENTAR E COSTURAR
O OLHAR

ESTATELADA NÃO FICOU NEM SEUS OSSOS!!!!!!!!!!!!!!!!
QUE DIRÁ O ASSENTO,
MINHA VÓ TINHA RAZÃO, ASSSENTAR CARECE TER RAZÕES E CHUMAÇOS PARA PENSAR, MESMO PARA AMASSAR A MEMÓRIA E TRIPUDIAR.

RENÊ CAJA


Sem título

SEQUESTRASTES OS DESEJOS
E PUSESTES A SER MÃO
AO INVES DE BOCA
DESCOLORISTES O TEMPO
E FINDASTES OPACO

TEMPO DE BUSCA Aníbal Beça






Procuro por uma porta
que me abra um tempo mais sereno.

Pressinto que ela está por aí, talvez próxima,
à toa nos meus caminhos vagos.

Entre uma passada e outra
me apresso em tocá-la,
e ela na sua calma surda de madeira
se afasta para voltar ao estado de árvore.

Sinto que também ela procura por alguma coisa
com algo de vento mastigando capim.

Vez por outra escuto um mugido
rangendo entradas e saídas
trompa pastoral se fechando em tardes.

Meus amigos me dizem que possuem sua chave,
que são íntimos no entrar e sair.
— seja pela parte da frente seja pela parte de trás —
sabem até do seu humor
pela leitura enrugada dos múltiplos nós,
mas não podem emprestá-la.

Temem que eu não volte para devolvê-la.

quinta-feira, agosto 27, 2009

AGUARDEM NOVA EDITORA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Cecilia Madio editora
MADIO EDITORIAL
TRARÁ NOVIDADES EDITORIAIS EM FORMATOS E CONTEÚDOS.
EU RECOMENDO!

Saramago contra Deus



O escritor José Saramago publicará no próximo mês de outubro 'Caín' uma nova novela sobre o célebre fratricídio bíblico

by http://www.elpais.com/global/

Bienal do livro de Curitiba defende formação de novos leitores

Bienal do livro de Curitiba defende formação de novos leitores


DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

A primeira edição da Bienal do Livro de Curitiba começa nesta quinta-feira com a promessa de deixar o caráter comercial em segundo plano para investir em discussões sobre a formação de novos leitores, meio ambiente e educação nas escolas.

Cerca de 400 mil visitantes são esperados na Expo Unimed, no bairro Campo Comprido, até o dia 4 de setembro.

Para enfatizar que uma bienal do livro deve servir como espaço para defender a leitura como item básico no desenvolvimento de uma pessoa, a organização chamou nomes consagrados da literatura nacional para conversar com o público, como os escritores Carlos Heitor Cony, Ruy Castro, Cristóvão Tezza e Moacyr Scliar.

Na área ambiental, a senadora Marina Silva (sem partido) também confirmou presença no evento e vai palestrar na noite desta sexta-feira. O curador da bienal, o dramaturgo e escritor carioca Alcione Araújo, afirma que a feira não foi estruturada para "se transformar num mero balcão de negócios" entre editoras e leitores.

A preocupação, diz Araújo, é investir em mesas redondas com autores conhecidos, além da difusão de oficinas literárias e exibição de filmes temáticos.

Autores conhecidos

Para Araújo, o sistema educacional do país perdeu a função de formar novos leitores, que, segundo ele, também era prioridade nas salas de aula do passado.

"Educação e cultura eram irmãs siamesas na escola, mas elas foram separadas. O projeto desta bienal quer resgatar essas irmãs, junto com o tema ambiental num planeta assolado de problemas causados pelo Homem", disse o dramaturgo.

Durante a bienal, dois auditórios foram criados para conferências destinadas a professores.

A programação completa da bienal pode ser acompanhada pelo site oficial www.bienaldolivrocuritiba.com.br.

BY http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u615283.shtml

terça-feira, agosto 25, 2009

Um ciclo de leitura nos bares surpreendeu aos porteños


CHARCAS Y CORONEL DIAZ. Sergio Bonomo leyó y recibió aplausos.

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09:00 | Celebrando o Dia do leitor narradores orais entraram nos bares de diferentes bairros da cidade par a ler contos e poesías da literatura universal e foram aplaudido.B. Aires by El Clarin

domingo, agosto 23, 2009

"A poesia brasileira está em baixa"

Bruno Tolentino




Poesia brasileira hoje
Érico Nogueira
De São Paulo

É comum ouvir dizer "A poesia brasileira está em baixa", "A poesia, no Brasil, atingiu o seu auge no início dos anos cinqüenta", e outras declarações semelhantes. Com efeito, a década de quarenta assistira à publicação de nada mais nada menos que "O sentimento do mundo" (1940), "José" (1942), "A rosa do povo" (1945) e "Novos poemas" (1948), de Carlos Drummond de Andrade; "Mar absoluto" (1945) e "Retrato natural" (1949), de Cecília Meireles; "Anunciação e encontro de Mira-Céli" (1943), "Poemas negros" (1947) e "Livro de sonetos" (1949), de Jorge de Lima; "As metamorfoses" (1944), "Mundo enigma" (1945) e "Poesia liberdade" (1947), de Murilo Mendes; "Pedra do sono" (1942), "O engenheiro" (1945) e "Psicologia da composição" (1947), de João Cabral de Melo Neto; além de duas edições das "Poesias completas" (1940 e 1948) de Manuel Bandeira. É natural, portanto, diante de uma evidência como esta, concluir que a última década do século vinte, e a primeira do vinte e um, não passa de um período de decadência, no Brasil, em matéria de poesia.

Uma consideração mais atenta, porém, das publicações das últimas duas ou três décadas pode, se não contradizer, ao menos fazer repensar os parâmetros desta conclusão, cujo caráter automático e quase intocável parece flertar com o dos clichês e lugares-comuns.

Dada a variedade e o grande número de poetas, bons e ruins, hoje em atividade no Brasil, escolhi apenas alguns, e mesmo deles só os livros de que gostei. Qualquer omissão, portanto, ou 'injustiça', é resultado direto da minha escolha: o que não impede esta escolha, claro está, de haver reformulado o problema de um ponto de vista que, por um motivo ou por outro, encontre a benevolência de algum leitor.

Nelson Ascher publicou três livros cuja nota é a maestria formal: "Sonho da razão" (1993), "Algo de sol" (1996) e "Parte alguma" (2005) - além do excelente volume de traduções "Poesia alheia" (1998). Neles, o prosaísmo do quotidiano se mescla com leituras eruditas, que vão dos clássicos latinos à poesia alemã e húngara, resultando numa síntese muito pessoal e altamente sofisticada, que nada fica a dever ao rigor formal de João Cabral de Melo Neto, por exemplo, para citar o aspecto mais notório da poesia do pernambucano. Ascher faz uma poesia aguda e às vezes ácida, na linha epigramática de um Catulo, ou um Marcial. É, numa palavra, um poeta excelente, que muito acrescente à nossa tradição.

Affonso Romano de Sant'Anna publicou dois livros irmãos, que me parecem os melhores da sua lavra poética até agora: "Textamentos" (1999) e "Vestígios" (2005). Na esteira da melhor tradição brasileira, - na de Bandeira, sobretudo - esses livros são uma resposta afirmativa à pergunta "É possível transformar a experiência individual em poesia?". Permanece neles certo tom de "denúncia", digamos, que caracteriza os outros livros do autor, mas esta componente vem agora fundida com um domínio verdadeiramente impecável do vers libre, e com a clave algo mais reflexiva que marca sua última produção.

Alexei Bueno é um péssimo editor. Sua edição da "Poesia completa" de Jorge de Lima, por exemplo, imprime o sexto soneto do "Livro de sonetos" com treze versos, reproduzindo a falha da edição da José Aguilar de 1974. Ainda assim - e a despeito das indesculpáveis banalidades do seu "Uma história da poesia brasileira" -, é preciso reconhecer que "Lucernário" (1993) e "A árvore seca" (2006) são ótimos livros, especialmente este último. Nele, o autor parece ter renunciado à idealização do poeta e da poesia - característica marcante de sua produção anterior - e aceitado as vicissitudes da condição mortal. Seu domínio das formas fixas é invejável, e o livro tem vários momentos de grande poesia.

Em pouco mais de dez anos, Bruno Tolentino publicou "As horas de Katharina" (1994), "Os deuses de hoje" (1995), "Os sapos de ontem" (1995), "A balada do cárcere" (1996), "O mundo como Idéia" (2002) e "A imitação do amanhecer" (2006). É o poeta mais prolífico da recente poesia brasileira, e um dos melhores. Dono de vasta erudição e um soberbo domínio formal, cada livro seu é um verdadeiro tour de force, e quase todos foram premiados. Ele inaugura um novo 'gênero' - o drama da razão - em nossa poesia, de cuja história foi, talvez, o poeta mais ambicioso.

Enfim, caberia citar ainda Gerardo Mello Mourão e o seu opus magnum "Invenção do mar" (1998); Alberto da Cunha Melo e os seus "Yacala" (1999) e "Meditação sob os lajedos" (2002); Carlos Felipe Moisés e o excelente "Noite nula" (2008); "O outro lado" (2007), de Ivan Junqueira, entre outros.


Érico Nogueira é poeta, editor (Dicta & Contradicta) e professor de línguas e literaturas clássicas (IICS). Ganhou o "Prêmio Governo de MG de Literatura" de 2008 com O livro de Scardanelli. Escreve também no Ars Poetica, blogue de poesia. Vive e trabalha em São Paulo.

Fale com Érico Nogueira: nogueira.erico@terra.com.br
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3842569-EI13894,00.html

Sete Cantares de Amigos Miguel Antonio Carneiro e outros





Sete Cantares de Amigos, organizado pelo poeta Miguel Antonio Carneiro, mistura baianos (cinco) com um alagoano e um carioca, unidos em torno de uma estrutura poética já com quase seis séculos de existência: os cantares, surgidos na literatura portuguesa por volta do século XV. Além do organizador, o livro conta com Adelmo Oliveira, Affonso Manta (morto antes do lançamento), Elizeu Moreira Paranaguá, José Inácio Vieira de Melo, Kátia Borges e Pedro Vianna.
A coletânea traz dez textos inéditos de cada autor, mais outros dez escolhidos entre suas obras anteriores, além de comentários de nomes como Ledo Ivo e Dom Pedro Casaldáliga. Para Dom Pedro, “trata-se de poemas "sérios", que não brincam de poesia, experimentando criptografias ou crucigramas. Não se deixam levar pela onda, eles são mar. Sentem a poesia e a expressão emocionadamente.”
BY VITRINE LITERÁRIA

sexta-feira, agosto 21, 2009

Florbela Espanca completa


Florbela Espanca completa
00h30m
As obras completas de Florbela Espanca serão publicadas a partir de Setembro, pela Editorial Presença, em 4 volumes, com introdução e organização do professor José Carlos Seabra Pereira, especialista na obra da poetisa.

Professor da Faculdade de Letras de Coimbra e da Universidade Católica Portuguesa, o estudioso recorreu a várias edições das obras de Florbela Espanca (1894--1930), que interpretou para proceder à fixação do texto, indicou a "Presença" em comunicado.

Nascida a 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa, Florbela Espanca morreu no dia em que completava 36 anos, a 8 de Dezembro de 1930, vitimada por uma dose excessiva de barbitúricos, depois de uma vida conturbada, tumultuosa, marcada pelo sofrimento íntimo.

Deixou contos, artigos na Imprensa, traduções, cartas e um diário, mas foi sempre considerada poetisa, acima de tudo. É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que deve o seu reconhecimento. Depois do primeiro volume, intitulado "Obra poética", que a "Presença" publicará a 15 de Setembro, seguir-se-ão, em 2010, os outros três: "Obra poética - vol. II", "Contos", e "Correspondência".

domingo, agosto 09, 2009

Os Desmandamentos: um manifesto contra o marasmo na poesia

RETIRADO DE POESIA HOJE

por Héber Sales

Os poetas Geraldo Carneiro e Salgado Maranhão lançam na próxima segunda, 10 de agosto, o manifesto Os Desmandamentos, contra o marasmo atual em torno da poesia, que, em sua visão, precisa voltar ao comando dos debates, apontando novos caminhos para a sociedade por meio da renovação da linguagem.

"Com a institucionalização da mentira no Brasil, a poesia ficou sendo uma espécie de reserva ecológica da sinceridade", declarou Gerlado Carneiro em entrevista para o jornal O Globo. "O papel da poesia [é] tornar novo o discurso, fazer com que as palavras adquiram uma força não prevista até então", defende o poeta.

O lançamento do manifesto Os Demandamentos terá Tonico Pereira no papel de Moisés. Haverá também poemas lidos por Camilla Amado, Camila Pitanga, Bianca Byington, Ana Paula Pedro, Cássia Kiss, Roberta Gualda, Mariana Ximenes, Cissa Guimarães e Giulia Gam. Farão parte dos debates os poetas Oswald de Andrade, encarnado por Orã Figueiredo, e Olavo Bilac, por Candido Damm.

SERVIÇO
Lançamento do manifesto Os Desmandamentos
Quando? Segunda, dia 10 de agosto, às 21h00
Onde? Teatro Maria Clara Machado (Planetário).
Quanto? Entrada franca.