sexta-feira, dezembro 27, 2019
Natália Correia nas palavras de Fernando Dacosta
Natália de Oliveira Correia GOSE • GOL (Fajã de Baixo, São Miguel, 13 de Setembro de 1923 — Lisboa, 16 de Março de 1993) foi uma escritora e poetisa portuguesa, nascida no arquipélago dos Açores. ... A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio.
segunda-feira, dezembro 23, 2019
sábado, dezembro 21, 2019
terça-feira, dezembro 17, 2019
quarta-feira, dezembro 11, 2019
segunda-feira, dezembro 09, 2019
Amar- Marília Pêra (Carlos Drummond de Andrade)
AMAR
https://www.filologia.org.br/pub_outras/sliit02/sliit02_110-112.htmlQue pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e até de olhos vidrados, amar?Que pode, pergunto, o ser amoroso,sozinho, em rotação universal, senãorodar também, e amar?amar o que o amar traz à praia,o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?Amar solenemente as palmas do deserto,o que é entrega ou adoração expectante,e amar o inóspito, o áspero,um vaso sem flor, um chão de ferro,e o peito inerte, e a rua vista em sonho,e uma ave de rapina.Este o nosso destino: amor sem conta,distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,doação ilimitada a uma completa ingratidão,e na concha vazia do amor a procura medrosa,paciente, de mais e mais amor.Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossaamar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
quarta-feira, dezembro 04, 2019
A literatura boliviana como explosão no mundo Latino.
A integração latino-americana está longe de ser realizada nos ideais de Simon
Bolivar, assim, se na economia estamos a passos lerdos, tampouco na literatura estamos unidos e não dialogamos, especialmente no Brasil. A Fliporto tentou mas não foi longe, dilacerou-se no seu caminho de luzes gerais para o internacional como todo ocidental, lhe dar mais flashes. Todavia, o mundo editorial- e do jornalismo literário argentino, sempre busca essa façanha de integração e isso vem de anos. Lê-se muito no país argentino e pela facilidade da língua hispânica, a literatura dos seu vizinhos de mesma língua, circula melhor.
A última edição da Revista Ñ-grupo Clarin traz matéria interessante sobre a literatura boliviana assinada por Edmundo Paz Soldán .Nascido em Cochabamba, na Bolívia, em 1967. Doutor em literatura hispânica pela Universidade de Berkeley e professor de literatura latino-americana na Universidade Cornell.Aqui no Brasil duas obras suas traduzidas O Norte -2011e O delirio de Thuring 2003.
O Artigo da Revista El Clarin, Revista Ñ, Literatura boliviana: una irreverente solenidade…(http://clar.in/1pAiGQk.)inicia com a reverência e referência de dois grandes autores Jaime Saenz y Jesús Urzagasti. Saenz (1921-1986)O primeiro é destaque na poesia latinoamericana do sec XX; por sua vez Jesús Urzagasti (1941-2013), nascido em Chaco boliviano. Ele é um ficionista e poeta, Urzagasti , traz em sua poética as relações e continuidades entre a vida e a morte em que figuras malignas tem seu espaço,face ao imaginário humano . Isto vamos encontrar na sua obra destacada, De la ventana al parque (1992).
A seguir, Soldan grifa a posição dos críticos que apontam a obra que dá início a contemporaneidade da literatura boliviana através da obra: Jonás y la ballena rosada (1987) de Wolfango Montes (1951), de Santa Cruz de la Sierra e hoje radicado aqui, no Brasil , onde também atua na medicina como psiquiatra.
Em contiuidade, Soldan aponta uma outra obra De cuando en cuando Saturnina (2004) de Alison Spedding (1962), escritora e antropóloga inglesa -1962, que após publicar suas obras em inglés mudou-se para Bolivia em 1989 e agregou-se ao idioma espanico. Esta obra tem na ficção um olhar feminista e indigenista, tendo um aporte forte na exploração lingüística- entre o ingles e aymara, da nação indígena, é considerada por alguns críticos -destacada ficionista boliviana contemporanea.
Por fim, o articulista aponta para o nova geração de escritores das décadas de setenta e oitenta e que vem colocando a Bolivia dentro de um destaque da literatura latinoamericana. Destaca-se entre outros, Giovanna Rivero (1972), Wilmer Urrelo (1975), Christian Vera (1977), Fabiola Morales (1978), Maximiliano Barrientos (1979), Juan Pablo Piñeiro (1979) Rodrigo Hasbún (1981), Liliana Colanzi (1981) y Sebastián Antezana (1982).
Outro destaque do articulista é a confluência do mundo rural e urbano o que vem a enriquecer essa literatura tornando-a mais viva e um retrato mais verdadeiro dos tempos contemporaneous.
Não atoa a III FILBA- Feira Internacional de Literatura de Buenos Aires
segunda-feira, dezembro 02, 2019
O rumo do rio é reza" de Thiago Calçado
![]() |
Thiago Calçado por Gramho.com |
Dr. Aldo Ambrózio fala no Facebook:
Um deleite desfrutar da poesia do amigo Thiago Calçado no período de descanso após o almoço!
Recomendo o livro "O rumo do rio é reza" a todos cujos espíritos ainda não foram embrutecidos, seja pela peleja diária nestes tempos de atrito contínuo, seja pelas tristezas da alma que, às vezes, nos esmagam e nos separam do encontro com o outro e a vida!
Fica, de brinde, um dos poemas deste livro sofisticado e sensível que faz lembrar um outro poeta, no caso, Manoel de Barros, que também tinha uma certa intimidade com as coisas que ainda não foram amarradas e amordaçadas pelos conceitos:
Recomendo o livro "O rumo do rio é reza" a todos cujos espíritos ainda não foram embrutecidos, seja pela peleja diária nestes tempos de atrito contínuo, seja pelas tristezas da alma que, às vezes, nos esmagam e nos separam do encontro com o outro e a vida!
Fica, de brinde, um dos poemas deste livro sofisticado e sensível que faz lembrar um outro poeta, no caso, Manoel de Barros, que também tinha uma certa intimidade com as coisas que ainda não foram amarradas e amordaçadas pelos conceitos:
O Rasgo do Rio
Aprendi com o matuto:
O rio tem duas bandas
E um rasgo no meio.
De um lado é lá.
Do outro, cá.
O fundo a gente nunca sabe onde tá.
Sabe só que onde não dá pé dá peixe.
Nadar é verbo de quem deixa de fazer coisas
Pra ser todinho travessia.
**** Breve Resenha do seu último Livro aqui
Aprendi com o matuto:
O rio tem duas bandas
E um rasgo no meio.
De um lado é lá.
Do outro, cá.
O fundo a gente nunca sabe onde tá.
Sabe só que onde não dá pé dá peixe.
Nadar é verbo de quem deixa de fazer coisas
Pra ser todinho travessia.
**** Breve Resenha do seu último Livro aqui
Assinar:
Postagens (Atom)
-
De mansinho ela entrou, a minha filha. A madrugada entrava como ela, mas não tão de mansinho. Os pés descalços, de ruído menor que o do meu ...
-
Pirei em Piri Nunca tinha vindo aqui Sonhei um sonho novo Pirei Pirei em Piri Raro o céu daqui Luar refletido nas Pedras abiscoitadas ao ca...
-
Precisas dormir para que nada do nada aconteça. Precisas, repousar e sair da janela, para que teus olhos aconteçam breve e finalize, não o ...