segunda-feira, outubro 15, 2012
PELE DA ARTE: Vilma Arêas e seus espaços, ventos e terra
PELE DA ARTE: Vilma Arêas e seus espaços, ventos e terra: Fluminense, estreou na ficção com Partidas (contos, Francisco Alves, 1976). Posteriormente, Aos trancos e relâmpagos (literatura infan...
quarta-feira, outubro 10, 2012
sábado, setembro 08, 2012
terça-feira, setembro 04, 2012
terça-feira, abril 03, 2012
terça-feira, março 20, 2012
PÁGINA 21... Paulo Vasconcelos: Para Maria da Graça - Paulo M. Campos
PÁGINA 21... Paulo Vasconcelos: Para Maria da Graça - Paulo M. Campos: Paulo Mendes Campos -by Continente Multicultural...http://bit.ly/GE78sK Nada é tão sútil, e intricado como a crônica e, anda, nao nos ...
terça-feira, março 13, 2012
PÁGINA 21... Paulo Vasconcelos: Vem aí o Estatuto da Palavra
PÁGINA 21... Paulo Vasconcelos: Vem aí o Estatuto da Palavra: FAÇO AS PALAVRAS DE JOÃO UBALDO AS MINHAS. paulo vasconcelos APUD JORNAL O GLOBO RIO 11.03 JOÃO UBALDO RIBEIRO Para mim, é sinal de atra...
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Tristão...e a vida em morte .. Eros Tauro SP

“Terei me tornado outro? A mim mesmo estranho ? De mim mesmo evadido?...”Nietzsche,2005)
Agora eu sou um negócio!!!!!!!!!
Destroçou-se a minha consciência,meu cérebro, entrei em pedido de vida e deram-me a morte, que ja se avizinhava em vida, na hospitalidade do perverso médico.
Retirou-se de mim a pança da vida, meu alfabeto de dizer, meu ouvido de plainar meus olhos de esculpir e me deixaram esponja a revelar sobejos.
Sou couro cortado de técnicas, curtido de água morta e espoliada.
Agora não sou mãos, sou eles e fico como um prego no escuro, dilaceram- me para escanear a possibilidade de ganho.
Sou um NÃO e estando, mesmo não sendo, deixam-me fisgar por olhos , que não mais tenho. Sou simulacro de existir.
Sou um desprezo, como uma pomba tombada agônica, mas permanecem as outras a me beliscar na cabeça, tronco e restos em rituais técnicos não de vida/morte das palomitas.
Vou, tendo ido, mas exclamam, os abutres brancos, anjos em culto satânicos , sobre meus espasmos que não muscula, senão por ejetos que me solapam.
Sou um boneco inflado por lâminas incendiadas , assim não me reflito mais em espelhos, eles são espelhos e me dizem meu nome de um eros criado para uma nova politização de vida em tanatos.
Agora, sou um negócio, no branco da política da morte na faca do capital, um prometeu sem correntes, sem direito a órgãos, sou um azedo branco, para um clinicar de uma vida dizimada mas com a terapêutica perversa de sandices de sapo dissecado e de cuidados do além lucro.
Sou a morte politizada na safona esqualidada do fole do lucro, que toca marchinhas de escarnio e promiscuidade ética.
Sou a vida deles,pelo meu avesso, sem a dignidade de estar não mais aqui, senhores juízes médicos da vida e ora da morte deixem-me ir a vida também é morte.
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
S\ TÍTULO SELMA VASCONCELOS

Sem título
Os olhos cegos de um olhar cego
como a noite vária , parece que vejo
ou estou cega?
Vi Uns olhos vivos, aonde?
Nada significa nada
ou tudo nada significa
Porque vi os olhos vivos e as pupilas
cegas?
Aonde está o olho vivo? Por onde se arrastou o sangue que
inundou de vida o nada?
Estamos nus!
Recife,15 de Fevereiro de 2012
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Cato vento
Outro dia encontrei um poeta,famoso,dizem,
Perguntei:o o que é ser poeta?
Disse-me ele:nada!
Sou,sou um homem que cata ventos,no tempo, quando o sinto ,as vezes
Nem sou homem e pra que saber?
Pegue seu caminho e tome você a pergunta e beba,
Tudo é gago, até isto, você por exemplo
Vá se curar, ando a procura de palavras para abafa- las
....num sei porque tou aqui,
Você sabe?
Perguntei:o o que é ser poeta?
Disse-me ele:nada!
Sou,sou um homem que cata ventos,no tempo, quando o sinto ,as vezes
Nem sou homem e pra que saber?
Pegue seu caminho e tome você a pergunta e beba,
Tudo é gago, até isto, você por exemplo
Vá se curar, ando a procura de palavras para abafa- las
....num sei porque tou aqui,
Você sabe?
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Os dentes do rei - Orlanda Pavento - Riacho das pontes SP
Converso com o rei
e sei de suas maldades,
reviro suas mãos de lata e corto seus pés.
Sou rainha de Tuvera
e de montes longícuos de sabugueiros doce,
como sedas e visto-me de pedra.
Eu tenho palavras , o rei tem dentes de lata e gengiva de tripas
Eu ouço o rei, mas nao o escuto....
O rei tem musgo na guela e assoletra o poder, so poder de latas
e sei de suas maldades,
reviro suas mãos de lata e corto seus pés.
Sou rainha de Tuvera
e de montes longícuos de sabugueiros doce,
como sedas e visto-me de pedra.
Eu tenho palavras , o rei tem dentes de lata e gengiva de tripas
Eu ouço o rei, mas nao o escuto....
O rei tem musgo na guela e assoletra o poder, so poder de latas
DANIEL LIMA
Daniel é um capeta, um mágico,um fermentador de palavras, um bruxo silábico,um garçon dos verbos, das aberrações, da narração, do insuportável e que dá-me inveja,com esse simples poético que volteia o mundo dos homens dizendo-os , desdizendo-os , tecendo-os em filigranas mansamente e numa plenitude de jeito plumático de saber o que nao se sabe,mas se balbucia, isso é o poeta, da creolina e da vida, dos janeiros, fevereiros e marços.
Bendito tu e tua amiga Luzilá, bendito e louvado são teus poemas.
.....
Minha alma é periódica
funciona algum vezes na semana
e é palúdica, tem febre
ás quintas-feiras.
Tenho também um corpo que coitado,
a hospeda por dever, mas constrangido.
Alma de fluido feita e de bagaço
e doses de paixões malresolvidas
e orgulho e frustações,
o diabo a quatro.
.....
POEMA SECO AMENO DISTO
O POEMA VEIO A SECO, COO SECA É A VIDA,
COMO SECA SÃO AS PEDRAS,
O POEMA VEIO POR DESCULPA ESFARRAPADA E QUE AS PALAVRAS DESENTOPEM O QUE JÁ É VAZIO.
A PALAVRA É O MODO DE FOCINHAR A VIDA E GRITÁ-LA COMO SE ASSIM ARDESSE MENOS
A PALAVRA É ENTULHO TORPE QUE CELEBRA O QUE NÃO TEM RITO,
O QUE DIGO É UM DESDIZER COMO CUSPIR PARA DENTRO, NAO REVERBERA
POEMAR É NADA DIZER DIZENDO O QUE É INACESSÍVEL
COMO SECA SÃO AS PEDRAS,
O POEMA VEIO POR DESCULPA ESFARRAPADA E QUE AS PALAVRAS DESENTOPEM O QUE JÁ É VAZIO.
A PALAVRA É O MODO DE FOCINHAR A VIDA E GRITÁ-LA COMO SE ASSIM ARDESSE MENOS
A PALAVRA É ENTULHO TORPE QUE CELEBRA O QUE NÃO TEM RITO,
O QUE DIGO É UM DESDIZER COMO CUSPIR PARA DENTRO, NAO REVERBERA
POEMAR É NADA DIZER DIZENDO O QUE É INACESSÍVEL
sábado, janeiro 28, 2012
A Amalia Gravaisol - Intelio Silva

Precisas dormir para que nada do nada aconteça.
Precisas, repousar e sair da janela,
para que teus olhos aconteçam breve e finalize, não o tempo,este não existe,mais sonolentastes.
A lagarta passou, mas teu pé preso ao piso não deixou que visses mas gravastes na tela este retrato teu.
A gula termina, nas porcelanas, salas amplas,como nos gravatás simples,amontoados de objetos curtos quentes e frios;
Tens a tua gula,ora quieta, leva-a se é possivel, se isso for tua garantia,
agora não, não mais garantia, leva, e não leves por tua boca espoucada,isto provastes por contradito mas fica
uma torneria aberta,um pincel não mais acedado,papeis,tesouras,agulhas,linhas e a gata ausente;
Leva-a tua sede,ironia, para que não afogues mais teus olhos suaves que não vias.
A lagartixa passou e não vistes, mas era de manso,como fostes em noites de despedida dizendo teu perdão tarde da noite a outro poeta voando;
Um grilho caiu sobre tua testa e ficastes seca,
mas cantastes os hinos das tintas , porcelanas, tecidos,
almofadas, almofadando o abandono, que insistias em ter
para voltar como se possível fosse.
Nã olhes para atrás, para quê?
O espaço tu provaste em sabor e ira de bondade, sim,na praça,no baile e no paço do poder.
Tecestes casas,grandes, pequenas,mas largas como teu tear e mesmo assim tomaste uma almofada, a pousada um outro almofadamento tecendo o intecivel: a flor, o taxi, o cheiro do bar, da tripa, do mercado e de mandamentos ocultos;
Secaram e nada ficou senão o que olhastes e reverberastes na paisagem que não enxergavas, mesmo com tanto mar,
e não bastou o verso da montanha fria de áureas, aureolas e a invenção do amor.
Não levas nada, para que seja mais suave o nada.
É preciso, como o dia a dia, abrir outra janela e quem sabe ouvirás,
o chiado de ... gás,licor, perfumes,cadelas,mouros e portugueses,
lembra-te Amalia?
Assim vais, e indo, devagar vais sem fado, mas com a certeza das flâmulas, de vinte e um e de pão,
barrigas, peito e... um detalhe... na risa que destes e que ora espouca muda e absurda.
Vais,precisas dormir para que nada do nada aconteça e assim não adoeças a tempo de chegar aonde não revelastes, mas quem sabe tenhas um encontro marcado e que não revelastes a ninguém.
A morte também é poesia, mas não criaste sola, e este poema morte não é abrupto e nem fatal, é sim fatal e estrangeiro estar, entre, mas sem janelas e folego.
Precisas de nada, estas pronta teu poema inédito lerás, já , já..
sexta-feira, janeiro 27, 2012
sábado, janeiro 07, 2012
JOMAR M SOUTO. PB
Por A.Miranda
JOMAR MORAIS SOUTO
Nasceu em Santa Luzia do Sabugi, Paraíba, em 1935. Em 1961 ganha o Prêmio Augusto dos Anjos com os poemas de Pedra de Espera. Em 1962 escreve Itinerário Lírico da Cidade de João Pessoa, que já alcançou quatro edições. Em 1980 é publicado pela editora da Universidade Federal da Paraíba seu livro Fazenda de Murmúrios (poemas). Em 1985 ganha um prêmio nacional de poesia no concurso Quarto Centenário da Paraíba com o "Canto da Capitania Real de Nossa Senhora das Neves". Data, igualmente desse ano, o aparecimento em São Paulo do livro Poetas Contemporâneos "antologiados" por Henrique L. Alves, uma publicação de Roswitha Kempf Editores, volume no qual figura ao lado de eminentes poetas brasileiros, como João Cabral de Melo Neto, Carlos Nejar, Thiago de Melo Neto, Mauro Mota e outros. Em 1986, a Universidade de Brasília edita o livro País de São Saruê, com todo o roteiro cinematográfico de Vladimir Carvalho e os versos de Jomar Morais Souto, considerações da crítica que vão desde Jean Claude Bernadet a Ariano Suassuna, José Nêumanne Pinto, Ruy Guerra, Glauber Rocha, Silvie Pierre, esta do Cahiers du Cinéma, de Paris, Anne Head, do Observer de Londres, Leonard Greenwood, do Los Angeles Times. Em 1994 alguns poemas de Jomar aparecem na antologia Nordestinos, editada pela Editorial Fragmentos de Lisboa. Recentemente lançou o livro AGRARIANAS e outros poemas escolhidos, pela Ars Poetica.
Fonte: www.pravoce.tv/jegppjom.htm
ELEGIA PARA OS SAPATOS AO SOL
I
Molhados. Estão molhados.
Deixo-os, pois, secar ao sol,
São sapatos fazem jus
a um canto dentro da luz
derramada pelo sol.
Eles são sapatos, hoje.
Mas, ontem, foram bois mansos.
Tiveram amplos currais
e pastagens e arrebol.
Antes, levavam os carros.
Levam, hoje, os pés dos homens
da sombra triste para o sol.
Eles são sapatos, hoje.
Mas, ontem, foram bois mansos.
E escutaram os tristes cantos
dos vaqueiros pelos campos
cantando de sol a sol
II
Só depois dos estilhaços
e dos seixos dos caminhos,
viram-se em frente da morte,
no matadouro, sozinhos
E o sangue que antes jorrava
só na ponta do ferrão,
desceu ao ventre da terra
em rubras poças, no chão.
Tiveram o couro suspenso
na noite de algum curtume,
entre as carícias do vento
e os beijos de um vaga-lume.
(Eram, antes, bois de carro
- um par autêntico e manso.
Mereciam, pois, na morte,
um momento de descanso).
III
Eles são sapatos, hoje.
Mas, ontem, foram bois mansos.
Muito antes do curtume,
do operário e do formol,
e dos rastros nas areias
caminhos de algum farol.
Por isso eu abro a janela
e deixo-os secar ao sol.
- Um minuto de silêncio!
Não ria nem chore, pois
esses, hoje, assim, sapatos,
um dia já foram bois.
Perderam somente o sexo.
Continuam sendo dois.
FESTA NORDESTINA
As mesas estavam postas
no meio da rua,
e as brasas dispostas
na pedra nua.
Eram as camponesas,
na tarde sua,
límpidas tristezas
no meio da rua.
E eu me lembro de que havia
ainda
um fogareiro aceso.
Sobre o trempe u’a mão tremia,
assando milho, com medo.
As mesas estavam postas
no meio da rua.
SONETO PARA UMA NOIVA
De casca de laranja os amarelos
tingindo o seu vestido e escondendo-a
no laranjal distante. Paralelos
os passos vão nos sumos. Uma amêndoa
não, duas amêndoas, sim, seus olhos belos
movendo-se nos longes, ou movendo-os
no verso as minhas mãos que apenas tê-los
quisessem por amparo, incandescendo-os
no frio de uma tarde, quando a chuva
nem me deixasse vê-la inalcançada
(quase perdido o vulto na paisagem
real) sem sombrear mais minha dúvida
de amêndoas, de olhos, nem de nada,
nem mesmo de outro fruto na folhagem.
SONETO SÓ PARA A SEGUNDA PESSOA
A de ti de quem não sabe a dor do vento
ninando a tarde verde no aqueduto.
A ti que mais amar na noite intento,
tangendo este silêncio em ti escuto
insto que em tí, por nós, no mesmo acento,
liberto e rendo, só por ter-te em tudo
de onde tirar, na flor em que te invento,
essa outra flor do amor que te disputo.
Não só por flutuares, ou que mais
longe um do outro, não nos fiquem bens.
Mas é porque sabendo que te vais,
Eu sei, também, do verde em que te vens
ungida e alegre para nunca mais
arderes, só, no adeus em que me tens.
Página publicada em junho de 2010
JOMAR MORAIS SOUTO
Nasceu em Santa Luzia do Sabugi, Paraíba, em 1935. Em 1961 ganha o Prêmio Augusto dos Anjos com os poemas de Pedra de Espera. Em 1962 escreve Itinerário Lírico da Cidade de João Pessoa, que já alcançou quatro edições. Em 1980 é publicado pela editora da Universidade Federal da Paraíba seu livro Fazenda de Murmúrios (poemas). Em 1985 ganha um prêmio nacional de poesia no concurso Quarto Centenário da Paraíba com o "Canto da Capitania Real de Nossa Senhora das Neves". Data, igualmente desse ano, o aparecimento em São Paulo do livro Poetas Contemporâneos "antologiados" por Henrique L. Alves, uma publicação de Roswitha Kempf Editores, volume no qual figura ao lado de eminentes poetas brasileiros, como João Cabral de Melo Neto, Carlos Nejar, Thiago de Melo Neto, Mauro Mota e outros. Em 1986, a Universidade de Brasília edita o livro País de São Saruê, com todo o roteiro cinematográfico de Vladimir Carvalho e os versos de Jomar Morais Souto, considerações da crítica que vão desde Jean Claude Bernadet a Ariano Suassuna, José Nêumanne Pinto, Ruy Guerra, Glauber Rocha, Silvie Pierre, esta do Cahiers du Cinéma, de Paris, Anne Head, do Observer de Londres, Leonard Greenwood, do Los Angeles Times. Em 1994 alguns poemas de Jomar aparecem na antologia Nordestinos, editada pela Editorial Fragmentos de Lisboa. Recentemente lançou o livro AGRARIANAS e outros poemas escolhidos, pela Ars Poetica.
Fonte: www.pravoce.tv/jegppjom.htm
ELEGIA PARA OS SAPATOS AO SOL
I
Molhados. Estão molhados.
Deixo-os, pois, secar ao sol,
São sapatos fazem jus
a um canto dentro da luz
derramada pelo sol.
Eles são sapatos, hoje.
Mas, ontem, foram bois mansos.
Tiveram amplos currais
e pastagens e arrebol.
Antes, levavam os carros.
Levam, hoje, os pés dos homens
da sombra triste para o sol.
Eles são sapatos, hoje.
Mas, ontem, foram bois mansos.
E escutaram os tristes cantos
dos vaqueiros pelos campos
cantando de sol a sol
II
Só depois dos estilhaços
e dos seixos dos caminhos,
viram-se em frente da morte,
no matadouro, sozinhos
E o sangue que antes jorrava
só na ponta do ferrão,
desceu ao ventre da terra
em rubras poças, no chão.
Tiveram o couro suspenso
na noite de algum curtume,
entre as carícias do vento
e os beijos de um vaga-lume.
(Eram, antes, bois de carro
- um par autêntico e manso.
Mereciam, pois, na morte,
um momento de descanso).
III
Eles são sapatos, hoje.
Mas, ontem, foram bois mansos.
Muito antes do curtume,
do operário e do formol,
e dos rastros nas areias
caminhos de algum farol.
Por isso eu abro a janela
e deixo-os secar ao sol.
- Um minuto de silêncio!
Não ria nem chore, pois
esses, hoje, assim, sapatos,
um dia já foram bois.
Perderam somente o sexo.
Continuam sendo dois.
FESTA NORDESTINA
As mesas estavam postas
no meio da rua,
e as brasas dispostas
na pedra nua.
Eram as camponesas,
na tarde sua,
límpidas tristezas
no meio da rua.
E eu me lembro de que havia
ainda
um fogareiro aceso.
Sobre o trempe u’a mão tremia,
assando milho, com medo.
As mesas estavam postas
no meio da rua.
SONETO PARA UMA NOIVA
De casca de laranja os amarelos
tingindo o seu vestido e escondendo-a
no laranjal distante. Paralelos
os passos vão nos sumos. Uma amêndoa
não, duas amêndoas, sim, seus olhos belos
movendo-se nos longes, ou movendo-os
no verso as minhas mãos que apenas tê-los
quisessem por amparo, incandescendo-os
no frio de uma tarde, quando a chuva
nem me deixasse vê-la inalcançada
(quase perdido o vulto na paisagem
real) sem sombrear mais minha dúvida
de amêndoas, de olhos, nem de nada,
nem mesmo de outro fruto na folhagem.
SONETO SÓ PARA A SEGUNDA PESSOA
A de ti de quem não sabe a dor do vento
ninando a tarde verde no aqueduto.
A ti que mais amar na noite intento,
tangendo este silêncio em ti escuto
insto que em tí, por nós, no mesmo acento,
liberto e rendo, só por ter-te em tudo
de onde tirar, na flor em que te invento,
essa outra flor do amor que te disputo.
Não só por flutuares, ou que mais
longe um do outro, não nos fiquem bens.
Mas é porque sabendo que te vais,
Eu sei, também, do verde em que te vens
ungida e alegre para nunca mais
arderes, só, no adeus em que me tens.
Página publicada em junho de 2010
quinta-feira, janeiro 05, 2012
A MORTAIA - TUENI TEBOSA- CAICO PB
Sinhora milagrosa qui nos faze fe , dai nos a fe e aprovidencia a quem quer, dainos carin e meuce abencoai senhor a nossa dor.
La,la ré, subrime ré, a poesia é tindole de nossa madri sé.
Ai cuma eu canto rim, antes de ser veia ate qui cantava, nas missa de pade Toin, hoje indi ate as guelas ingiaram,deus me le,é triste ser veia,pior qui maracujá.
Mai fazer de um que, nada, aceitar e pidi a viugi uma boa hora, recramar pra que?Mai qui a gente recrama, recrama.
Mãe, oh mãe, maeeeeeeeeeeeee
O qui é menina, tai morrendo é?
Eu nao, tu ta falando so é?
Tô pruque, arguem gosta de cunvelsar com vei, so as estauta dos santos assim mermo num aresposta.
Oxi, eu cunvelso ca senhora,
Cuando tu queize dinhero mode dançar, sai pra lá, ti cunheço trepeçá, derna tu de cu limpo, mai oia.
Os tempo muda, deus me live,vou cumprar um maniquin de Don Sara, um manequin vei modi vistir minha mortaia lindra, qui amandei afazer in Caruaru pro don Regina ai cumpru uma cabeça de santa aprego nu maniquin e pronto, ja fica toda ispixada a mortaia pronta pra o coipo vistir cuando morrer, so espero qui aouta num arroube e mi interri num lençou vei, quero beleza até na morti quin nem dona Carmi de Miranda, so nao os baton, bastião num quero, cara veia quin nens maracuja assu, fica assim mermo, quero um lenso na cara feito de trico, vou inte ja acumprar na feira, é mio trico ou aqueles furadin de renda?Vou apensar.
Mai qui quero quero e uma lavanda ingresa madi alambuzar no coipo e os choro das irma geme mode cantar chorar pru eu e junti das maos num quero rusaro quero o retrato do finado , aisim e pro riba da foti o teuço, munto cravo de defunti, buques e buques de riso de maria ou fror de , cuma é mermo o nome que fazia o cha mode sarampo, e as noiva usava, vigi me esquicime ah! fror de sabugueiro.
La lá ré subrime re poesia é tindole da nossa madre sé.
Viuginia anti de sair bota o louro pra dentro, vi, num te esqueci, e vigia as ropa do arame.
La, lá ré, subrime re a poesia é'tindole de nossa madi, sé.
La,la ré, subrime ré, a poesia é tindole de nossa madri sé.
Ai cuma eu canto rim, antes de ser veia ate qui cantava, nas missa de pade Toin, hoje indi ate as guelas ingiaram,deus me le,é triste ser veia,pior qui maracujá.
Mai fazer de um que, nada, aceitar e pidi a viugi uma boa hora, recramar pra que?Mai qui a gente recrama, recrama.
Mãe, oh mãe, maeeeeeeeeeeeee
O qui é menina, tai morrendo é?
Eu nao, tu ta falando so é?
Tô pruque, arguem gosta de cunvelsar com vei, so as estauta dos santos assim mermo num aresposta.
Oxi, eu cunvelso ca senhora,
Cuando tu queize dinhero mode dançar, sai pra lá, ti cunheço trepeçá, derna tu de cu limpo, mai oia.
Os tempo muda, deus me live,vou cumprar um maniquin de Don Sara, um manequin vei modi vistir minha mortaia lindra, qui amandei afazer in Caruaru pro don Regina ai cumpru uma cabeça de santa aprego nu maniquin e pronto, ja fica toda ispixada a mortaia pronta pra o coipo vistir cuando morrer, so espero qui aouta num arroube e mi interri num lençou vei, quero beleza até na morti quin nem dona Carmi de Miranda, so nao os baton, bastião num quero, cara veia quin nens maracuja assu, fica assim mermo, quero um lenso na cara feito de trico, vou inte ja acumprar na feira, é mio trico ou aqueles furadin de renda?Vou apensar.
Mai qui quero quero e uma lavanda ingresa madi alambuzar no coipo e os choro das irma geme mode cantar chorar pru eu e junti das maos num quero rusaro quero o retrato do finado , aisim e pro riba da foti o teuço, munto cravo de defunti, buques e buques de riso de maria ou fror de , cuma é mermo o nome que fazia o cha mode sarampo, e as noiva usava, vigi me esquicime ah! fror de sabugueiro.
La lá ré subrime re poesia é tindole da nossa madre sé.
Viuginia anti de sair bota o louro pra dentro, vi, num te esqueci, e vigia as ropa do arame.
La, lá ré, subrime re a poesia é'tindole de nossa madi, sé.
SOLAMENTE UMA VEI, RENE CAJA PB
Macha pra dentro Carrin,tai vendo tua ferida ainda mole, agora tu vai e leva uma queda e magua ela,hum, num digo nada...solanamente uma vei,amei um dia.Vote tê fi é lasca, o trabaileira, dispoi num agradeci mode a mãe,toda mãe é puta mermo da de um tudo e despoi ,nada...dIzemm qui la distança es lo peti, eita don maisa essa era das minha.
Carrin, vem timbora, avexa, chega!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vigi, preciso cumprar a massa made o cuscui de noite se nao este diabo num come, mai tou cuma priguiça, pera ai.
DON, don, o dondon chega ai mulêeeeeeeeeeee!
O Dondon!Dondon mule me acuda!
Vigi tai ei biita,pronde tu vai?
Oia tem massa de fuba,madi me imprestar, mode Carrin mule, este diabo socome isso a noite.
Vou ver zefa!
ele miorou mode a firida?
E esse capiroto para.
Oi vou ve o qui tem visse.
ta , ei ispero aqui ta,....Solamente mui , solamente uma vei ,ameis uns diaaaaaaaas.solamente umas vei e nada mai...
Visse Naldo?
Nãoooooooooo
Solamente uma vei,amei um dia, solamente ma vei e foi fatá!
Espi mule so tem esse tanti!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não mule da, menha te devorvo, , vou in Don Color pa cumprar xaique e virnagre e inpruveito e compro fuba, ah e tombem colorau.
Tem pressa não nega,
Oia dispoi que carrin drumir vamos tumar umas?
Mai adondi, no bau de seu Vigi, la eu boto na carderneti
Munto bom pois to lisa qui nem bunda de santo, os criente de unha disapareceram mule, depois daquela puta abitar o salao alinhado.
Oxe mule e entre nois tem esse porem?
intão ta.,tu grita vi
Ta te grito aquimermo pruriba do muro.
Gracias muie,
Solamente uma vei...........chau
Carrin, vem timbora, avexa, chega!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vigi, preciso cumprar a massa made o cuscui de noite se nao este diabo num come, mai tou cuma priguiça, pera ai.
DON, don, o dondon chega ai mulêeeeeeeeeeee!
O Dondon!Dondon mule me acuda!
Vigi tai ei biita,pronde tu vai?
Oia tem massa de fuba,madi me imprestar, mode Carrin mule, este diabo socome isso a noite.
Vou ver zefa!
ele miorou mode a firida?
E esse capiroto para.
Oi vou ve o qui tem visse.
ta , ei ispero aqui ta,....Solamente mui , solamente uma vei ,ameis uns diaaaaaaaas.solamente umas vei e nada mai...
Visse Naldo?
Nãoooooooooo
Solamente uma vei,amei um dia, solamente ma vei e foi fatá!
Espi mule so tem esse tanti!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não mule da, menha te devorvo, , vou in Don Color pa cumprar xaique e virnagre e inpruveito e compro fuba, ah e tombem colorau.
Tem pressa não nega,
Oia dispoi que carrin drumir vamos tumar umas?
Mai adondi, no bau de seu Vigi, la eu boto na carderneti
Munto bom pois to lisa qui nem bunda de santo, os criente de unha disapareceram mule, depois daquela puta abitar o salao alinhado.
Oxe mule e entre nois tem esse porem?
intão ta.,tu grita vi
Ta te grito aquimermo pruriba do muro.
Gracias muie,
Solamente uma vei...........chau
domingo, janeiro 01, 2012
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