quinta-feira, setembro 09, 2010

O CONTO .....................Ernesto Caja O........ ZIPER


Marina lavou-se cobriu-se, foi até o espelho e viu suas manchas de infância.Tinha medo delas, lembrava coisa ruins, do tempo do padastro, do enteado, de um corpo que fora sacaneado e zombado pela mancha, enfim no seu corpo havia as marcas, dos apertos sofridos, e cabeça confirmava.
Tinha medo, mas nada como um vestido que tudo encobre.Depois de pronta e retocada, tomou o ônibus estava lLotado, gente se comprimindo e ela também.Logo, sentiu algúem se raspando a ela, com segundas intenções, quis flar , mas preferiu não, afinal tava bom.
De trás vinha um cheiro de macho cuidado e com cheiro de limpeza.Insistiu o rapaz a mais a tocar-lhe com a camisa suas costas, e comprimir o tronco a ela;ela sentiu, mas calada estava calada, ficou.Estava próximo da parada sua, adiantou-se arrastando-se, entre ocorredor que nem mais era corredor e conseguia sair em fileira, ;não viu o rosto do cara.Desceu, viu o novo farol, aproveitou-se para retocar, e assim ao fazê-lo ouviu uma voz de lado, você é mesmo especial e com este vestido que esta aberto atrás essa sua mancha me deixa louco, e você sentiu, tenho certeza que que sim.O farol abriu Mariana atordoada estava, mas foi em frente.Achou bom, mas e a mancha, nao imaginava , nunca que o vestido não encobrria tudo.Ao atravessar a rua novo farol fechou, uma senhora aproximou-se e disse: seu ziper está aberto, quer que te ajude.....Mariana sorriu e ficou parada como um um ziper aberto e exposta ao sol da tarde que a deixava mais morena e .............................................

Nenhum comentário:

Roda Viva | José Saramago | 13/10/2003 para não esquecermos

um pensador, um alucinado,como todo grande escritor e que questiona o próprio instrumento que se vale para ser JOSÉ SARAMAGO.Um ensaista da ...