segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Salmos de Maria Antulia Joao Pires PT

Bendita seja a loucura de tua sanidade simulacrada Contra a minha de sistemas não alforriados A tua insanidade sã nao tem vísceras e sistemas, maldita seja a santa que te ajoelhou e te fez perder O que se entrega de olhos abertos, nao vedes ,tendes próteses de chumbo Escraxada seja a tua prisão que criaste para abduzir-te ao nada e folheada em folhas de papeis usados gastos e desditos. Eu sou o que fala por soscorro do nada, Do alferes que me deteve em te pegar Chuto as ruas meus pedaços como se fora restos de um todo branco sendo negro e encarnado. Nao te possuo porque nem a mim me guardo, sou atoa Como os restos de cigarros que cato as ruas para sobejar bocas Necessito, careço de tudo e nao sei do que é mais alvo Minha sina é ser este molho de esterco preso numa escuridão que se nao se repara, senão a velha morta estrangulada pelo cachorro em cólera. Arrasto-me como arresto de papéis higienicos duros Na descida de um beco sem saida ou numa cápusla surda que cai Sou a nascente que nao vinga, sou pele em desalinho em desgaste mastigada por antípodas de frescor solene da seta do certo e eu sob nenhuma encruzilhada senão sob mim mesmo, corrente de vento sem umidade Sou a mentira impudente, de um juizo de desaforos e de panelas ao leo Deixo-te nada como nada ao quadrado és tu Mas , desalinho minhas linhas de cabelos últimos e jogo-me no poço das panelas de ferro mais típias e cozidas nas águas que molharam o desconforto teu e a negaçao minha. Nao deixo nada senao ésse foço de ser tua e tu meu,mas nada vale, e bendito seja o nenhum nada como os salmos de Maria . Antulia João Pires- Portugal

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