sábado, agosto 25, 2007

Maria do Carmos Barreto Campelo


PACTO

Com que pacto de amor
nos celebramos
que ao me contemplarem pronunciam teu nome
e se apenas ao olhares a paisagem
já me anuncias?

Bem sei:
se te relembro
os traços do teu rosto
em mim se delineiam.

Sei ainda: se vens
ouço rumor de espigas amanhecendo
e pássaros emudecem se te distancias.

Jogo de espelhos confrontados
tua imagem fugidia invade meus espaços
e eu
reflexo de ti
me refaço/me renasço
transportando-me ao campo de teus sonhos.

Ah! pacto de ternura
íntimo idioma
teu olhar de horizonte, boca de sal e aroma
o puro amor simples e natural como o leite
e a certeza da inevitabilidade das coisas.

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