quinta-feira, janeiro 05, 2012

A MORTAIA - TUENI TEBOSA- CAICO PB

Sinhora milagrosa qui nos faze fe , dai nos a fe e aprovidencia a quem quer, dainos carin e meuce abencoai senhor a nossa dor.
La,la ré, subrime ré, a poesia é tindole de nossa madri sé.
Ai cuma eu canto rim, antes de ser veia ate qui cantava, nas missa de pade Toin, hoje indi ate as guelas ingiaram,deus me le,é triste ser veia,pior qui maracujá.
Mai fazer de um que, nada, aceitar e pidi a viugi uma boa hora, recramar pra que?Mai qui a gente recrama, recrama.
Mãe, oh mãe, maeeeeeeeeeeeee
O qui é menina, tai morrendo é?
Eu nao, tu ta falando so é?
Tô pruque, arguem gosta de cunvelsar com vei, so as estauta dos santos assim mermo num aresposta.
Oxi, eu cunvelso ca senhora,
Cuando tu queize dinhero mode dançar, sai pra lá, ti cunheço trepeçá, derna tu de cu limpo, mai oia.
Os tempo muda, deus me live,vou cumprar um maniquin de Don Sara, um manequin vei modi vistir minha mortaia lindra, qui amandei afazer in Caruaru pro don Regina ai cumpru uma cabeça de santa aprego nu maniquin e pronto, ja fica toda ispixada a mortaia pronta pra o coipo vistir cuando morrer, so espero qui aouta num arroube e mi interri num lençou vei, quero beleza até na morti quin nem dona Carmi de Miranda, so nao os baton, bastião num quero, cara veia quin nens maracuja assu, fica assim mermo, quero um lenso na cara feito de trico, vou inte ja acumprar na feira, é mio trico ou aqueles furadin de renda?Vou apensar.
Mai qui quero quero e uma lavanda ingresa madi alambuzar no coipo e os choro das irma geme mode cantar chorar pru eu e junti das maos num quero rusaro quero o retrato do finado , aisim e pro riba da foti o teuço, munto cravo de defunti, buques e buques de riso de maria ou fror de , cuma é mermo o nome que fazia o cha mode sarampo, e as noiva usava, vigi me esquicime ah! fror de sabugueiro.
La lá ré subrime re poesia é tindole da nossa madre sé.
Viuginia anti de sair bota o louro pra dentro, vi, num te esqueci, e vigia as ropa do arame.
La, lá ré, subrime re a poesia é'tindole de nossa madi, sé.

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