Bienal do livro de Curitiba defende formação de novos leitores
DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba
A primeira edição da Bienal do Livro de Curitiba começa nesta quinta-feira com a promessa de deixar o caráter comercial em segundo plano para investir em discussões sobre a formação de novos leitores, meio ambiente e educação nas escolas.
Cerca de 400 mil visitantes são esperados na Expo Unimed, no bairro Campo Comprido, até o dia 4 de setembro.
Para enfatizar que uma bienal do livro deve servir como espaço para defender a leitura como item básico no desenvolvimento de uma pessoa, a organização chamou nomes consagrados da literatura nacional para conversar com o público, como os escritores Carlos Heitor Cony, Ruy Castro, Cristóvão Tezza e Moacyr Scliar.
Na área ambiental, a senadora Marina Silva (sem partido) também confirmou presença no evento e vai palestrar na noite desta sexta-feira. O curador da bienal, o dramaturgo e escritor carioca Alcione Araújo, afirma que a feira não foi estruturada para "se transformar num mero balcão de negócios" entre editoras e leitores.
A preocupação, diz Araújo, é investir em mesas redondas com autores conhecidos, além da difusão de oficinas literárias e exibição de filmes temáticos.
Autores conhecidos
Para Araújo, o sistema educacional do país perdeu a função de formar novos leitores, que, segundo ele, também era prioridade nas salas de aula do passado.
"Educação e cultura eram irmãs siamesas na escola, mas elas foram separadas. O projeto desta bienal quer resgatar essas irmãs, junto com o tema ambiental num planeta assolado de problemas causados pelo Homem", disse o dramaturgo.
Durante a bienal, dois auditórios foram criados para conferências destinadas a professores.
A programação completa da bienal pode ser acompanhada pelo site oficial www.bienaldolivrocuritiba.com.br.
BY http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u615283.shtml
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