quarta-feira, outubro 14, 2009

REVISTA PALPITAR


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Paulo Alexandre Cordeiro de Vasconcelos

professor e poeta





ST-49
Deixa que te embosque
como a planície quieta
que alicia o mar com sopros.




ST-50
Trouxe o rio
elaborado pelos meus olhos.
Na planície hesita Deus.


Aqui ele fez crescer sombras para além das abas do meu chapéu.
Perdi meu olho, adquiri outro.Remodelei meu rosto, tirei o anel , ganhei dedos, novos.
Aqui , e assim finquei-me.
De 'cá , avistei o mar, mas não veio a água.
Vi geometria.




ST-51-
Não sei dizer
não sei dizer teu nome
É tão difícil!!!



ST-52
Ponho ,
ponho a mesa
e antes ofereço-te todos os banhos,
mesmo lentamente,
como tu.
Aqui sinto os teus cheiros, e de marés
e esparramo-me sobre mim.
Faço calor, desdizendo compromisso de palavras.
Aqui ponho novo nome em mim.
e agora sou palavra nova, posta.
Aqui finco meu ser.



ST-53
Avistei teus olhos
como boca de marés
Ali avistei cardumes.
Incitei os ventos,
e abri tua boca
como se fora pesca.
Então encontrei desígnios.
Sobre a pele, vastidão de ondas,
encontrei minhas aparas.
Tuas mãos. o pó.
arregalando visgos.
Não discuti lutas.
Sobre a concavidade dos teus gestos
ouvi rumores, rondas oceânicas
mistérios de ser.
Agua , agua, agua.
Como vegetal marinho és sal preso.
Antes , eras mais terra, cumplicidade hereditária,

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